Primeiro eu, segundo eu e terceiro eu!
Hoje em dia ouvimos muito a frase: Sabe que com o tempo aprendi o verdadeiro significado do amor ao próximo. Não me ama? Próximo! Mas será que essa frase é verdade?
Como poderemos cumprir o mandamento do Senhor Jesus, ama ao próximo como a ti mesmos? O mundo em que vivemos é uma verdadeira selva africana, onde cada um busca o seu espaço no mercado de trabalho, na faculdade, na sociedade, no grupo de amigos e porque não dizer na própria igreja. Há um slogan que representa a mais pura realidade vivida pela atual sociedade que é: Primeiro eu, segundo eu e terceiro eu! Em tudo e em todas as coisas somos incitados a concorrência, a competição, a disputa na busca daquilo que almejamos não importando que se preciso for passemos por cima de qualquer um que atravesse o nosso caminho. Esta competição exacerbada tem prejudicado e muito a sociedade e os futuros homens e mulheres de nosso país, pois os programas de televisão têm ensinado 24 horas por dia que na busca da felicidade não existem limites. O Senhor Jesus exemplifico muito bem o amor ao próximo com a parábola do bom samaritano e é justamente através desta parábola que podemos tirar algumas lições para as nossas vidas. Em primeiro lugar é necessário deixarmos de lado as nossas diferenças. Foi justamente isto que Jesus nos mostrou através da parábola do bom samaritano, judeus e samaritanos eram inimigos declarados de longas datas, entretanto o samaritano não deixou que as suas diferenças o impedisse de demonstrar compaixão pelo necessitado. Quantas vezes temos deixado de ajudar a alguém ou até mesmo na igreja em que congregamos simplesmente porque não compartilhamos da mesma idéia do colega de trabalho, do vizinho, do irmão, do pastor, do responsável pelo grupo de louvor, etc. A segunda lição que podemos retirar daquela situação é a compaixão demonstrada pelo samaritano. Compadecer-se é sentir a mesa dor daquela pessoa que esta sofrendo, é padecer pela miséria do outro. O samaritano se compadeceu daquele homem que estava à beira do caminho, pois a sua atitude nos mostra o quanto ele ficou infeliz ao vê-lo semimorto. A Palavra do Senhor nos diz que ele pesou-lhe as feridas com azeite e vinho e ainda não satisfeito o colocou sobre o seu animal e levou-o a uma estalagem. Qual seria a nossa atitude se víssemos alguém a beira do caminho semimorto como aquele homem da história contada por Jesus? Talvez fizéssemos o mesmo que o sacerdote e o levita fizeram, passássemos de largo. Quantas vezes você não cruzou com um mendigo, um leproso, um bêbado, uma prostituta e se afastou deles? Certa vez alguns dos justos que escutavam o Senhor Jesus falar perguntaram: “Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”. Os pequeninos são justamente aqueles que cruzam o nosso caminho e que muitas vezes passamos de largo para não sermos importunados, sem falar de todos aqueles que pisamos na busca desenfreada pela realização dos nossos desejos. Amar ao próximo não é uma opção, mas uma obrigação deixada pelo Senhor Jesus, pois se não amamos a quem vemos como poderemos amar a quem não vemos. Que possamos a semelhança do samaritano da história contada por Jesus nos compadecer de todo aquele que cruzar o nosso caminho, pois este é o meu próximo. Que o Senhor Deus vos abençoe!
Por: Pr. Paulo Uchôa
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